
Saiba como combater as pernas inchadas e com dor em 10 passos. 1- Exercitar as pernas em todas as circunstâncias. Ler mais.
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A Doença Venosa Crónica é uma patologia em que ocorre alteração das veias das pernas, dificultando o retorno do sangue ao coração. A identificação e o tratamento atempado são essenciais para evitar complicações e garantir a qualidade de vida.
Não. Embora tenha maior incidência nas mulheres a partir dos 30 anos, a Doença Venosa Crónica também afeta os homens. 60% dos doentes são do sexo feminino e 40% do sexo masculino. Na verdade, estima-se que 40% dos doentes são do sexo masculino. Esta doença afeta mais de 2 milhões de portuguesas com mais de 30 anos.
Uma veia saudável possui válvulas que, juntamente com os músculos que a envolvem, permitem contrariar a força da gravidade e garantir o retorno do sangue ao coração. Quando há alterações na parede e nas válvulas das veias, estas deixam de ter capacidade de bombear todo o sangue para o coração, o que gera acumulação de sangue nas pernas. É a inflamação venosa resultante da acumulação de sangue nas pernas que dá os primeiros sinais de que algo não está bem: dor nas pernas, pernas cansadas e pernas pesadas, bem como às situações mais graves de varizes, edema (pernas inchadas), alterações da cor da pele ou mesmo úlcera venosa.
A Doença Venosa Crónica manifesta-se pelos seguintes sintomas:
Reconhece estes sintomas?
No caso de manifestar algum destes sintomas, contacte o seu médico para obter um diagnóstico adequado.
Numa fase inicial, a Doença Venosa Crónica não é visível, embora o doente possa já ter sintomas. Com a evolução da patologia, os sintomas adquirem um aspeto visível, os chamados sinais.
A classificação CEAP ( clinica, Etiologia, Anatomia e Fisiopatologia) é um método internacionalmente aceite para classificar a doença venosa crónica, consoante a sua gravidade.
CEAP 0= Sem sinais visíveis ou palpáveis de doença venosa
Fase inicial da doença, em que surgem os primeiros sintomas, como a dor nas pernas, as pernas pesadas e as pernas cansadas.
CEAP 1= Telangiectasias inferiores a 1 mm; Varizes reticulares 1 a 3 mm
Aparecimento de telangiectasias (veias intradérmicas dilatadas de diâmetro < 1 mm) e veias reticulares (veias subcutâneas dilatadas de diâmetro < 3 mm), geralmente em volta dos tornozelos. São os chamados derrames, raios, aranhas ou manchas.
CEAP 2= Veias varicosas superiores a 3mm
É o sinónimo de varizes. Tratam-se de veias subcutâneas dilatadas com 3 mm ou mais de diâmetro, geralmente tortuosas.
CEAP3= Edemas
O edema venoso dos membros inferiores caracteriza-se por um aumento de volume dos tecidos cutâneo e subcutâneo,visível geralmente pelo inchaço dos tornozelos. Uma forma simples que ajuda a identificação é a deformação após pressão.
Embora ocorra geralmente na zona do tornozelo, o edema pode estender-se à perna e ao pé.
CEAP4a= Alterações tróficas (eczemas e hiperpigmentação)
Os eczemas são placas vermelhas muito pruriginosas, cobertas de pequenas vesículas que se rompem, libertando líquido e formando crostas e escamas. A hiperpigmentação consiste no escurecimento e aparecimento de manchas em certas zonas da pele, sobretudo em torno do tornozelo. É o resultado da extravasão de sangue da veia para o espaço extravascular. Embora os eczemas e a hiperpigmentação surjam normalmente na zona do tornozelo, podem estender-se à perna e ao pé.
CEAP4b= Alterações tróficas (atrofia branca e lipodermatoesclerose)
A atrofia branca é o nome dado a uma área de tecido esbranquiçado e atrófico, geralmente com aspeto circular e que pode estar rodeada de capilares dilatados ou de hiperpigmentação. A lipodermatoesclerose é uma inflamação crónica localizada associada a fibrose da pele e tecidos subcutâneos, que surge habitualmente na zona do tornozelo.
CEAP5= Alterações tróficas e ulcera cicatrizada
Lesão na pele resultante da insuficiência venosa cujos tecidos ainda têm capacidade de se regenerar espontaneamente.
CEAP6= Alterações tróficas e ulcera aberta
Lesão na pele causada e agravada pela Doença Venosa Crónica e cujos tecidos não têm capacidade de cicatrização e regeneração espontânea. É o estadio mais grave da Doença Venosa Crónica.
Existem vários tipos de tratamento para a Doença Venosa Crónica. A escolha do tipo de tratamento mais adequado depende do estadio da doença, assim como a gravidade dos sintomas. A intervenção do médico na seleção do melhor tipo de tratamento é importante para garantir a adequação.
Referências:
Ana Paula Mendes, Doença venosa crónica- Aliviar os sintomas e prevenir complicações. Centro de Informação do Medicamento. 2017
C. Wittens et al, Editor’s Choice e Management of Chronic Venous Disease- Clinical Practice Guidelines of the European Society for Vascular Surgery (ESVS). Eur J Vasc Endovasc Surg (2015) 49, 678e737
Eklöf et al. Revision of the CEAP classification for chronic venous disorders: Consensus statement. JOURNAL OF VASCULAR SURGERY Volume 40, Number 6. 2004Robert Weiss. Venous Insufficiency. Medscape. https://emedicine.medscape.com/article/1085412-overview (2018).
Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular. Alerta Doença Venosa. http://www.alertadoencavenosa.pt/ 2015.
Spiridon M, Corduneanu D. Chronic Venous Insufficiency: a Frequently Underdiagnosed and Undertreated Pathology. Maedica (Buchar). 2017;12(1):59–61.